O ambiente condominial passou por uma verdadeira transformação nos últimos anos. O mundo pós pandemia afetou a forma como os condomínios são geridos, exigindo cada vez mais esforço, empenho, conhecimento e profissionalismo. Essas mudanças acabaram por proporcionar um melhor ambiente de convivência, abriram novas oportunidades de negócio para imóveis e habitações, contribuindo positivamente com o meio ambiente, para uma cultura social mais humanizada e inclusiva.

Essas novas oportunidades de negócios ganharam ainda mais força em decorrência da crise econômica mundial gerada pela COVID-19, que fez muita gente perder o encanto pelo mercado corporativo, assombrado com a crescente quantidade de profissionais com crises de ansiedade e sem qualidade de vida, e perceber que a estabilidade é uma mera ilusão, já que muitas empresas precisaram realizar grandes cortes no quadro de colaboradores. Além de que, com a inflação e o custo de vida aumentando, foi preciso se reinventar, rever prioridades, cortar gastos, reduzir custos e procurar por alternativas de receita para aumentar a renda familiar.

Foi nesse momento que os olhares se voltaram ao mercado condominial, com muitas pessoas procurando formas de se inserir profissionalmente, em especial assumindo o desafio da gestão do condomínio, até mesmo para se beneficiar pelo menos da isenção da cota condominial.

Haja vista a responsabilidade civil e criminal que o cargo exige, muitos decidiram investir no conhecimento. Ao se sentirem fortalecidos com o poder da informação, empoderados com a experiência de gestão e atraídos pelo recém explorado mercado, uma nova mentalidade também foi surgindo e gradativamente nutrindo adeptos: a dos síndicos e das síndicas profissionais, uma classe de gestores vem ganhando força e reconhecimento no mercado. Como consequência desse movimento, muitos condôminos passaram a preferir uma gestão mais profissionalizada, que tivesse melhor liderança e pudesse proporcionar reduções nos custos, correções e melhorias na gestão, manutenção e modernização da operação do condomínio.

A busca por se diferenciar no mercado, fez com que os novos síndicos profissionais começassem a implantar um modelo de gestão sustentável, levando aos condomínios benefícios econômicos viáveis e factíveis em consonância com o zelo com questões socioambientais. Mas engana-se que achou que a sustentabilidade entrou facilmente no escopo de gestão dos síndicos: Foi necessário um árduo trabalho desmistificar soluções, apresentando como cada uma funciona, suas características e benefícios individuais, apontar fornecedores confiáveis, que além de demonstrar como cada tecnologia funciona, precisavam mostrar seu lastro, e também apresentar um número satisfatório de novos adeptos, até porque se uma solução não tem procura, ela notadamente prova que não passa de um elefante branco. Tome como exemplo a energia solar, que há 5 anos era inconcebível para condomínios e hoje é uma realidade.

A consultoria diagnóstica em sustentabilidade condominial do Ecozilla surgiu com o propósito de apontar os pontos de correção e melhorias além de apontar diretrizes para que o condomínio use a sustentabilidade a seu favor na gestão, podendo inclusive conseguir benefícios tributários, como é o caso do IPTU Verde em cidades que o oferece.  A consultoria busca levar ao condomínio uma maior transparência na gestão e controle de dados, controle das manutenções prediais, melhora na qualidade do ar e da água, conforto acústico, térmico e visual, acessibilidade, mobilidade e controle de CO², nutrição com implantação de hortas, saúde e bem-estar, condicionamento físico, aumento de áreas verdes, através de ações climáticas, bem como através de eficiência hidro-gás-energética, controle de uso de recursos naturais e monetização dos resíduos descartados semanalmente.  Ao final da consultoria diagnóstica o síndico recebe um relatório, que contempla a implantação de práticas e soluções em amplo espectro da operação e gestão condominial.

Para seguir nessa jornada com sucesso é preciso ter conhecimento, estudar e se dedicar para ter a segurança necessária e poder transmitir informações importantes para os demais moradores e conseguir a aprovação necessária para seguir com o plano. É nesse momento que o líder se faz necessário. Sem que haja uma condução coerente, pulso firme nas convicções e no plano de desenvolvimento sustentável para o condomínio, nada sairá do papel. Se tudo isso é novo e exige dedicação para o síndico, imagine para quem investe. Então é preciso saber o que está fazendo, gerar melhorias sobretudo econômicas para dar credibilidade ao profissional, mas acima de tudo, saber comunicar, se antecipar aos medos e receios naturais que as mudanças geram e, acima de tudo, usar as habilidades de liderança para mobilizar as pessoas para uma realidade que ainda não estão familiarizados, apesar de saberem que é para o melhor.

O mundo moderno não para um minuto sequer. Enquanto as tecnologias vão trazendo novidades, as necessidades do mundo moderno e pós-pandêmico também não ficaram desassistidas. Com a digitalização das operações e popularização do home-office, empreendedores perceberam novas necessidades. Assim muitos negócios começaram a surgir para trazer ainda mais comodidade e conveniência dentro dos condomínios, tais como os minimercados. Condomínios por todo país foram permitindo que os empreendimentos pudessem oferecer outros serviços, criando espaços mais humanizados e que permitissem mais convivência entre moradores. Lavanderias compartilhadas, pet places, coworking, serviços de bares e restaurantes, serviços de salão de beleza, de profissionais de saúde (personal trainer e massoterapia), cursos e oficinas para moradores, portarias remotas e armários inteligentes para encomendas, locação de bicicletas, academias do futuro (sem pesos e aparelhos com eletrodos), tem até condomínio clube alugando estrutura para moradores vizinhos, cujos condomínios não oferecem nenhum tipo de lazer como piscina, quadras, salão de jogos. É cobrada uma taxa de uso e é feito um controle de acesso para garantir a segurança para o condomínio.  A verdade é que o mundo mudou e as pessoas também perderam o censo de propriedade, as pessoas querem ser e não apenas ter, fazendo com que houvesse muita quebra de paradigma, abrindo espaço novas ideias e negócios.

E a grande lição é que todos nós estamos vivendo em um mundo de transformação, mudanças no modo de viver e conviver com as pessoas. As cidades estão crescendo, ficando mais populosas, atraindo gente de fora, quebrando o preconceito. E para sermos profissionais, bem como líderes e protagonistas nesse mundo de mudanças o recado que fica é: “invista na sua mente, injete saúde e conhecimento, pois ela pode levar você mais longe do que você imagina; invista na sua fé, ela pode levar você onde nunca imaginou; invista no seu corpo, porque ele vai te dar condições de viver mais para apreciar todas as suas conquistas”. Ouse desafiar a si mesmo, sem medo de apostar nos sonhos e de errar para aprender. Mar calmo nunca fez um bom marinheiro. Somos e podemos tudo que queremos!

Autor: Tiago Machado

CEO Instituto Ecozilla

Formado em Administração de Empresas pela Unifor, Pós-graduado em Marketing pela ESPM e em Gestão Empresarial Ambiental pela Fundação Getúlio Vargas, MBA em International Management pela Thunderbird, The Graduate School of International Management (Arizona/EUA).

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