É comum que o assunto “pets” em condomínios tragam discussões a respeito, afinal de contas, é direito de todo cidadão criar animais de estimação em sua casa ou apartamento, mas torna-se importante ter bom senso e responsabilidade com o outro ao trazer um animal para o convívio. Quem quer ter bicho de estimação, precisa de cuidado redobrado e os tutores de pets devem ter em mente que são completamente responsáveis por tudo que o animal faça. Assumir essa responsabilidade inclui certificar-se de que seu animal não esteja incomodando as pessoas.

Antes de levar um animal para seu lar, atente-se as regras do condomínio, a disponibilidade de tempo do tutor para com o pet e verificar se há espaço físico que possam atender as necessidades básicas do bichinho, pois um bom ambiente previne o animal dos estresses, evitando, assim, os latidos exacerbados.

Os latidos em excesso e os barulhos que os animais fazem como o som das patas no piso são campeões das reclamações dos vizinhos, brinquedos jogados no chão durantes as brincadeiras, além de possíveis odores que as necessidades do animal podem deixar no ambiente, caso não seja feita a limpeza de forma adequada.

Porém, o que fazer quando o animal passa a incomodar os vizinhos? Primeiro de tudo, o bom e velho diálogo sempre é a melhor forma de resolver conflitos, sem gerar estresse, conversar com os vizinhos, mostrar que se importa em resolver a situação, ter certeza do que realmente incomoda, se é algo na sua presença ou ausência, podendo a ajuda dos vizinhos ser de muita importância para saber como o pet se comporta na sua ausência. É essencial que ambas as partes sejam compreensivas e optem pela conciliação amigável.

Todo animal precisa de atenção e cuidados básicos para que possam viver em harmonia e deixá-los sozinhos por muito tempo é um fator que contribui muito para a baixa qualidade de vida e, portanto, maus comportamentos, reatividade, agressividade, fugas, entre outros. Atualmente, há diversos serviços como petsitter, creche e passeadores de cães que podem ajudar aos tutores a não deixar o pet sozinho e sem atividades por muito tempo. Os cuidados estendem-se também para as zonas comuns do condomínio, em que não recolher as fezes do animal trazem muitos problemas de convívio entre os moradores, além de predispor o ambiente a doenças e outros vetores que podem prejudicar a saúde dos outros animais e moradores.  Não investir em educação para o pet também são motivos para que haja muita reclamação a respeito.

Ter atenção às normas estabelecidas e seguir algumas regras podem ajudar no convívio do animal com o ambiente, como não o deixar completamente solto em áreas comuns, usar sempre a guia, utilizar os elevadores e entradas de serviço, escolher horários de passeio que sejam mais confortáveis para o pet e em alguns casos, com algumas raças de cães, o uso da focinheira.

Por fim, nossa sociedade está mudando, há mais pessoas morando sozinhas, sem filhos, formando famílias multi espécies, a lei também está mudando para se adaptar ao atual contexto ainda é possível que alguns condomínios proíbam a criação de animais no espaço, o que está completamente errado e fora da lei. A mudança também deve vir das pessoas em serem mais tolerantes e flexíveis no convívio com os animais e os tutores devem sempre observar o limite de cada um, prezar pelo respeito e bom senso.

Virna Livia

Veterinária e Adestradora de cães
CRMV 3748

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